Santidade


Viver de modo santo é viver a vida humana, cheia da Graça que Jesus viveu.

Nada é mais santo!

Nosso problema é que só vemos santidade em Jesus porque Ele ressuscitou dos mortos. Se Ele estivesse aqui hoje, vivendo como Ele viveu, entrando nos lugares em que entrou, tratando as pessoas como tratou, permitindo-se tudo aquilo a que se permitiu, será que a “igreja” diria que Ele era santo?

Glutão, bebedor de vinho, samaritano louco, possesso pelo Demo, amigo de pecadores, de meretrizes e de gente estranha! — era como Ele seria outra vez chamado pela religião.

Para não falar que Caifás e o Sinedrio de Israel tinham de Jesus apenas inveja política e desconforto religioso.

Entre nós, seria a mesma coisa, mas inegavelmente o narcisismo de nossos “caifázes” é muito mais cheio de caifézes!

É claro que nenhum de nós tem ou jamais terá a liberdade pura e limpa que Jesus trazia em Si mesmo.

Eu sou nascido em pecado... Mas quando penso o que deve se deve buscar como santidade, penso em aprender a entrar em todos os banquetes, e não ser jantado; visitar os mortos e não me sepultar com eles; ouvir a estupidez dos fariseus e não ficar amargurado como eles; salvar os condenados pelo juízo e não fazer da Graça do perdão uma concessão para eu mesmo sacar do crédito de minha misericórdia, a fim de abusar do próximo.

Santidade é vida experimentada na Graça e vivida em crescente estado de amor.

Santidade é a humanidade sem medo de si mesma e sem acomodação a ela própria.

Santidade que não se parecer com Jesus, é apenas insanidade religiosa, apesar de poder ser profundamente sanitária em suas demonstrações.

Santidade pega, mas não se suja; vê, mas não tem que cobiçar; tem poder, mas não precisa usar; é julgado, mas não se deixa julgar... prossegue em seu caminhar!

Nele, o Santo,

(texto de Caio Fabio)

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